10 novembro 2009

A tia Alice

 29 Maio 1922 - A tia Alice - 7 Nov 2009

Coitada... nunca teve sorte na vida: o marido era pouco de trabalhar, dormia de dia vadiava de noite.
Mesmo assim conseguiram ter uma mercearia tipo tasca e a rapariga, de apenas 26 anos, com os dois filhos pequenos lá conseguia ir ganhando algum dinheirito para as despesas da casa.
O filho mais velho, de 2 anitos apenas, nunca teve um carinho do pai, que o detestava, motivo pelo qual quase foi criado pela avó materna.A menina, linda, loirinha de olhos muito claros era uma bonequinha, e dessa ele ja gostava, chamava-lhe a "minha menina".
Um domingo, ele disse para a mulher: arranja-te se quizeres e vai a casa da tua mae.
Ela ficou toda contente pois ele nunca queria que ela saisse  de casa. Lá foram os tres, a menina ao colo do pai, que nao se cansou de brincar com ela todo o caminho.
Depois de lá chegarem ele disse-lhe: se quizeres vai ver a procissao com as tuas irmas e logo à noite vai para casa que eu chego mais tarde, vou ajudar o meu tio a fazer umas coisas que ele me pediu.
Assim aconteceu uma tarde muito bem passada para as duas. Ao fim do dia foram para casa e ao chegar lá a rapariga encontrou tudo virado do avesso e notou a falta de algumas coisas, logo pensando: assaltaram-me a casa! Foi ter com uma vizinha e perguntou: Senhora Aurélia notou alguma coisa ou alguem hoje à tarde aqui em minha casa? Ao que ela respondeu: só vi o senhor Valdemar sair com umas trouxas de roupa...
Estava tudo explicado: o marido deixou-a com os dois filhos nos braços.
Que vida sofrida ela teve!
Lá foi ela recambiada para casa da mae outra vez, mas agora com mais duas crianças, que tentaram ser felizes como puderam.
Mais tarde o tribunal decidiu que o pai veria os filhos aos sabados, motivo porque o tio Joaquim os levou até ao parque para o 1º encontro.
O pai nao apareceu e as crianças nunca mais la foram.
Mais ou menos 15 anos depois receberam a noticia que o pai morreu num acidente de mota.
Todos se vestiram de luto, os filhos porque a isso foram obrigados pela avó que era muito rígida, mas a revolta do rapaz era tao grande, que mais tarde quando se casou nenhum dos seus filhos levou o apelido Henriques...


18 julho 2009

Errol Flynn


Sempre achei esta foto do Paizinho muito parecida com o...



Errol Flynn:



(mas aqui para nós, o Paizinho era muito mais charmoso!!!)

20 fevereiro 2009

Aero Clube da Costa Verde

28 de SETEMBRO de 1958 - INAUGURAÇÃO do ACCV

Acontecimento há muito ansiado por todos, a concretização de um sonho, "e assim, Espinho não permitirá que o seu nome, gravado a letras de ouro na História da Aviação Nacional, se desvaneça, tornando-o ainda mais brilhante, mostrando que não foi inglório o esforço e a dedicação daqueles que se foram e "se vão da morte libertando", em holocausto à AVIAÇÃO".

A longa história do Aero Clube da Costa Verde teve o seu ponto fulcral em 1958, aquando de uma reunião entre amigos, no Café Moderno em Espinho, e de onde nasce a ideia da criação de um local dedicado às actividades aeronáuticas. Jerónimo Reis, António da Silva Alves, João Quinta, são apenas algumas das individualidades presentes e entusiastas desta forma de vida.
O Arquivo do Aero Clube da Costa Verde é essencial para a concretização desta história, sendo possível visualizar no seu site vários momentos importantes da construção desta actividade em Espinho.

02 fevereiro 2009

Candelária

2.2.1922

"quando a Candelaria chora está o Inverno fora
quando a Candelaria ri está o Inverno para vir"



20 janeiro 2009

Detesto andar de guarda-chuva!!!


Quando eu era miuda, nao havia certas "mordomias" que ha agora. portanto tínhamos que usar o que os pais nos metiam nas maos e era uma sorte termos as coisas, pois haviam muitos que queriam e nao tinham. em relaçao aos ditos acessórios, tive sempre o azar de me calhar uns enormes, pretos, feiosos, uns autenticos estrupicios, que eu DETESTAVA.
entao nao é que um dia de Inverno, ao sair da missa, o vento arrancou-me o guarda-chuva enorme que eu tinha nesse dia e levou aquele desgraçado para o telhado da casa ao lado da Igreja.
toda a gente a dizer: anda embora, sai da chuva, olha que ainda apanhas uma doença... mas eu queria ficar à espera que o estrupicio viesse parar cá abaixo para eu apresentar em casa, nao fosse a minha Mae ainda me dar uma surra.
por acaso tive sorte, dessa vez nao apanhei e nem foi preciso levar o esqueleto do dito cujo!